domingo, 23 de novembro de 2008

Amanhã me desfaço de vinte e uns anos

Amanhã é o meu aniversário e pensando nisso, lembrei de um texto do Rubem Alves que li a algum tempo, onde ele escreve filosoficamente sobre o fazer aniversário...Vale a pena ler o texto na íntegra...Aqui vai apenas um trecho dele...

Estou a ponto de “desfazer” 70 anos, muito embora os distraídos insistam em usar o verbo “fazer”. O fato é que a celebração de mais um ano de vida é a celebração de um desfazer, um tempo que deixou de ser, não mais existe. Fósforo que foi riscado. Nunca mais acenderá. Daí a profunda sabedoria do ritual de soprar as velas em festas de aniversário. Se uma vela acesa é símbolo de vida, uma vez apagada ela se torna símbolo de morte. O que não entendo é a razão pela qual os participantes, diante das velas apagadas, se ponham a bater palmas e a rir, quando o certo seria que chorassem. Eu prefiro um ritual mais alegre: acender uma vela bem grande, como um bruxedo de invocação dos anos ainda não nascidos cujo número não sei!

Silvia

Deus algumas vezes introduz em nossa vida uma tensão capaz de criar algo, chamando-nos, por exemplo, para levantar acampamento, abandonar a segurança e o conforto que experimentamos e embarcar em arriscada liberdade num novo êxodo. É em momentos como esses que nossa insegurança e nossa procrastinação podem concentrar-se somente nas implicações mais difíceis do desafio e nos fazer mergu- lhar de novo numa culpa nada saudável. Permanecer teimosamente parados onde estamos quando o Senhor claramente nos desafia ao crescimento é dureza de co- ração, infidelidade e falta perigosa de confiança. Mas começar a vagar pelo deserto impulsivamente sem a direção da nuvem e do fogo é insensatez inconseqüente. Quando o chamado de Deus não fica claro e a voz interior permanece indistinta, nossa inquietação e a ansiedade que experimentamos interiormente podem estar sinalizando um novo êxodo para uma abertura maior, uma vulnerabilidade maior, uma compaixão maior, uma pureza mais profunda de coração, uma mente e um espírito transformados. O cenário geral da igreja está salpicado em toda parte com corpos exauridos e com o aborto de ministérios que nasceram da culpa insalubre e do medo de resistir à vontade de Deus. Quem nos absolverá da culpa? Quem nos libertará do cativeiro do desejo de projeção, do perfeccionismo e do moralismo? Quem reescreverá o roteiro? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor!

"Quando virem a arca da aliança do SENHOR , o seu Deus, e os sacerdotes levitas carregando a arca, saiam das suas posições e sigam-na. Mas mantenham a distância de cerca de novecentos metros entre vocês e a arca; não se aproximem! Desse modo saberão que caminho seguir, pois vocês nunca passaram por lá."

Josué 3:3-4

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Quero ativar esse espaço novamente...Tenho sentindo enormes saudades de escrever!!!! Escrever me dá a oportunidade de conhecer-me e reconhecer-me. As entrelinhas respiram o meu eu profundo e mansamente...Lá vou eu, mais uma vez me arriscar a escritora...





O amor é o carinho

É o espinho que não se vê em cada flor
É a vida quando chega sangrando
Aberta em pétalas de amor[...]

O velho e a flor
(Vinicius de Moraes)