sexta-feira, 2 de novembro de 2007


Eu quero algo simples, algo que defino como uma música leve, profunda e doce....

Descubro-me em partes, e a cada pedaço desvendado é como se me ensinassem a dançar a mais bela e românticas das canções...

As pedras que tive que carregar desde pequenina, vão sendo moídas até desaparecerem. E começo a ver o que sou e não o que fizeram de mim ou que fizeram me achar que eu fosse...

Sou cheia de sonhos, frágil, pequena...

Olho-me no espelho e ora me vejo como a criança teimosa, mimada, descabelada e que quer um colo. E ora me vejo mulher, forte, corajosa e que ama oferecer um colo, ama abraçar e que ama descobrir o que faz cada pessoa ser ímpar.

Não contenho e deixo rolar as lágrimas, essas mesmas lágrimas que por muito tempo tive que contê-las, fingindo ser isso sinônimo de força...

Hoje o que muitos consideram fraqueza, considero a minha maior virtude, uma virtude que Deus me ensinou a custo de muitas lágrimas...

Olho-me e me vejo como uma melodia cantada nas caixinhas de musicas, onde ouço e aprecio a sensibilidade do som que vem de dentro delas, compreendo que aquele som só recebe um sentido quando fazemos um convite para uma encantadora dança.

E reconheço que aquele som e os passos da dança só possui significado quando ouso a segurar a mão de alguém e o convido a aprender e a ensinar seus passos no maravilhoso salão da vida.




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