Estou aqui não para negar a realidade, estou apenas para admitir o quanto ela é dolorosa, doída. Dizem que é melhor amar do que nunca ter amado, creio que sofremos das duas formas, porém o “Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar.., Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado, Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro e o mais difícil é mentir para o nosso coração”

E como dizer a um coração que está preste a saltar do peito para ele se aquietar, para ele se dominar, para ele obedecer, para respeitar atos para o qual ele não foi feito..Ele foi feito para bater forte frente a uma emoção para denunciar o que os nossos olhos vêem, o que sentimos... O que dizer a um coração que por vezes tem vontade de fugir de ir para bem longe onde talvez ele possa esquecer toda a dor que o amor o submete, mesmo mentindo para si é necessário crer que isso irá passar...

Um coração que agora entende o que é viver um dia de cada vez, o peso de cada dia, de cada hora, pois “no presente eternamente iluminado é que o amor tem seus olhos”

Um coração que não tem vontade de falar, mais de silenciar o que sente. O silencio o assusta, pois revela o que está nas profundezas, a ausência do sonho, a desesperança, um mar em branco.

Um coração que anda impaciente e no seu limite e que a única culpa que carrega é da loucura de querer mergulhar na intensidade do amor..

Pobre do coração, um amordaçado solitário que rompe as barreiras dos dias a procura de descanso, buscando viver com recursos escassos que possui, fazendo de cada dia uma busca intensa do que é privilegio de poucos.