sábado, 23 de fevereiro de 2008





Em cada adulto há uma criança esperando ser acalentada, amada, ouvida. Percebo que as muitas marcas que carregamos, procedem em sua grande parte da infância, uma infância muitas vezes que foi dolorida, e fez com que uma parte do ser se silenciasse frente aos desafios da vida. Os passinhos apressados de nossa infância, são as primitivas formas de experienciar a vida e o alicerce de uma forma adulta...

Quando essa criança desabrocha-se, contemplamos a intimidade de uma história humana, regada de afetos, e dores, contemplamos um ser que se mostra único e vulnerável.

Para conhecermos o outro em sua intimidade, devemos identificar a criança que habita dentro de um corpo apenas envelhecido pelo tempo.

Penso que essa é a essência da intimidade entre duas pessoas; Quando a criança interna encontra aconchego para mostrar-se frágil (mostrar suas dores mais profundas, frustrações, carências e neuroses..) no colo do outro em uma noite fria.

O amor faz com que seja estendida a essa criança, além de um abraço quente e o acolhimento, também palavras e gestos que faz com que essa criança enfrente seus medos e desafios..

O amor fortalece e instrumentaliza a criança em sua forma adulta a lidar com as dificuldades..O amor encoraja e faz com que a criança adormecida cante e sinta-se jubilada...

O amor faz com que a nossa criança interna, identifique seu lar e que faça sua morada e seu refúgio nos braços do ser amado...



Nenhum comentário: